segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nossa necessidade infalível

Quando estaremos repletos? Quando estremos contentes?
Creio que nunca! Talvez o dia que estivermos mortos... Mas e nosso legado? Nossos textos? Nossos filhos?
Duvido que um dia estejamos satisfeitos. Não fomos feitos para isso.
Vivemos na sociedade do ter... Coisas, pessoas, conquistas...
Desejamos casas, carros, roupas, comentários, críticas, amores, corpos... é errado? Não sei!
Quando dura a nossa felicidade? Cada vez menos... Não temos mais tempo de curtir o que conquistamos... vivemos o vício do ter, do querer mais...
O sétimo mais rico do mundo não irá sossegar até tornar-se o primeiro... O primeiro não irá sossegar se não tornar-se também o mais belo...
Nunca estaremos satisfeitos...
O dia que estivermos, viramos franciscanos... Estaremos buscando a Deus, o Ser abstrato que nunca encontraremos... nunca tocaremos... Buscaremos a santidade que, por conceito, devemos ter a humildade de aceitar que não podemos alcançar... Ou seja... estaremos almejando algo...
O negócio é aceitar... e ter o único ato de conformismo que podemos ter na vida... somos eternos insatisfeitos... nossa busca por algo é eterna...

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