HISTÓRIA
(Não me rasga)
A expressão, que significa fazer um elogio exagerado, é originária de uma das comédias do dramaturgo Luís Carlos Martins Pena (1815-1848), o fundador do teatro de costumes no Brasil. Em uma cena, um vendedor de tecidos tenta cortejar uma moça bonita e, como pretexto, oferece alguns cortes de fazenda a ela, apenas pelo prazer de ser humilde escravo de uma pessoa tão bela. A garota entende o recado e responde: Não rasgue a seda, que esfiapa-se. O rasgar seda ficou sendo sinônimo que alguém que pretende "fazer a corte" a uma moça e exagera na dose.
NOTÍCIA
(de plástico)
Em busca do ideal do corpo perfeito, é cada vez maior a procura de adolescentes por cirurgias plásticas. Mudanças no tamanho dos seios, lipoaspirações, correções no nariz e em outras partes do corpo se tornaram os objetos de desejo de jovens antes mesmo de chegar à fase adulta, mesmo que isso implique concessões. Apesar da falta de estatísticas oficiais, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica estima que os adolescentes respondam por 15% das mais de 700 mil cirurgias feitas no país a cada ano. Esse índice ficava em torno de 5% há 10 anos. Colocação de próteses mamárias, redução de seios e lipoaspiração estão entre os procedimentos mais procurados. Embora a demanda seja um pouco menor, a rinoplastia (cirurgia do nariz) é bastante procurada também.
DA REDAÇÃO
(até onde)
Apesar do saudosismo exacerbado, eu tenho realmente uma pena de meninos e meninas que deixam de ser crianças. Porque será que tem que se preocupar com o corpo aos 16 anos? Talvez por vivermos em um sociedade onde a forma é mais valorizada do que o conteúdo. Não é papo pra feio, mas sinceramente, 14, 15 ou 16 anos é época para fazer lipo, ou pra colocar silicone nos seios? E que tal as academias lotadas de crianças? Isso é sério e pode ter certeza que não vai dar certo. Conselho: Deixe a sua vaidade para a hora certa.
3 comentários:
ALELUIA!!!! HOSANA NAS ALTURAS!!! Finalmente alguém usa de lucidez e constata que nossas crianças estão deixando de ser crianças muito cedo. A culpa é dos marqueteiros, dos produtores de televisão, das "xuxas" da vida e de quem quer vender seus badulaques custe o que custar; até mesmo a inocência das nossas crianças. Sou da opinião de que criança tem que ser criança e não manequim, nem apresentador de tv, nem artista, nem objeto sexual, nem simbolo do consumismo. A hipocrisia é tanta, que filho de pobre menor de 14 anos não pode trabalhar; no entanto, filho de quem tem posse, trabalha em novelas, filmes, e até apresenta programas de televisão, de segunda a domingo. Ué, trabalho tem distinção??? Porque uma criança sem posses não pode ajudar o pai na oficina ou no mercadinho e o filho do ator ou do empresário pode trabalhar onde bem entende???
É só um desabafo.
Também acho que criança tem que ser criança... por isso sou criança até hoje...
Mas não acho que sejam os marqueteiros e produtores de televisão os únicos culpados pelo surgimento de pseudo-adultos... A televisão disponibiliza programas bem infantis, desenhos maravilhosos, com conteúdo e divertidos ao mesmo tempo. Existem no mercado brinquedos legais, fofos, bonitos e infantis... Falta estímulo para as crianças para que valorizem o lado infantil e inocente delas... E tem muita coisa que vem da educação que ela recebe mesmo... Podem dizer que a Xuxa e a Barbie que fazem surgir esta vaidade precoce nas crianças, mas eu me criei brincado de Barbie e assistindo a Xuxa e nem por isso deixei de ser criança ou passei a super valorizar estética e beleza... Muita coisa vem de casa, da educação recebida na família, das amizades, da escola e do exemplo que as crianças tem para seguir.
Me admira uma mãe permitir que uma criança faça plástica se ela nem cresceu tudo que tem que crescer (principalmente a cabeça), ou ainda desde criancinha atrolhar a criança de compromissos de adultos por não ter tempo para ficar com ela, ou ainda fica criando como se fosse um mini-adultos.
Foi perfeita, a Márcia!!! Eu esquecí de citar a familia como causa e consequência de tudo. Nas familias esclarecidas, como a da Márcia e centenas de outras, o resultado é o apontado pela minha amiga. Mas naquelas familias desleixadas; com pai alcoólatra ou ausente e mão do tipo "tô nem aí", a criança fica completamente a mercê do que vê, ouve e tentam lhe impôr como padrão. E é aí que a porca começa a torcer o rabo. Não temamos, pois, pelos nossos filhos; mas pelos filhos daqueles que não deveriam tê-los!!!
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