Quando eu era criança o ano pra mim era uma coisa longa e grande. Era um período que dividia as noites que justificavam o ano: a noite de natal. Nunca vou esquecer daquelas noites com meus avós, meu querido Vô Jô, meus amados primos, meu irmão meus pais e, apesar de tudo, os meus tios. Vou me lembrar sempre dos sabores, dos cheiros, da música que só existiam naquelas noites. O melhor de tudo era o plano de tirar a máscara do Papai Noel. Naturalmente o plano nunca foi levado a cabo, pois era só o bom velinho chegar e todos ficarem boquiabertos com a cena, os presentes e o momento.
O colégio parecia uma tortura diária. Apesar de qualquer coisa, jamais faltava energia para brincar, correr, nadar, jogar e especialmente sonhar em ser gente grande. O almoço e o jantar sempre estavam prontos na hora certa. A cama ser arrumava automaticamente e o mais impressionante eram as roupas sempre limpinhas, cheirosas e brotavam no armário. O sonho de virar gente grande surgiu pra mim aos 17 anos. Eu saí de casa! Cheguei e disse: Vou me embora pra Porto Alegre. Embora esperasse uma grande resistência de meus pais, não houve. Houve força! Cresci, fui obrigado a isso. O colégio se tornou faculdade que por sua vez se tornou trabalho. A espera pela noite de natal se transformou em espera pelo dia 5, pelo décimo terceiro e especialmente pelas férias. Acho que o ser humano jamais está satisfeito mesmo. Acho que a felicidade está perdida em algum lugar que a gente passou e não percebeu e que a gente passa a vida tentando encontrar novamente. É algo meio Peter Pan correndo atrás de sua sombra. Mas é essa a graça da vida. Por último, acho que a gente ama tanto os nossos pais e vai percebendo que esse amor só aumenta com o tempo, porque a vida é uma eterna busca por aquilo que passou, e todos querem voltar a ser crianças e para nossos pais seremos sempre um bebê... só um bebê.
O colégio parecia uma tortura diária. Apesar de qualquer coisa, jamais faltava energia para brincar, correr, nadar, jogar e especialmente sonhar em ser gente grande. O almoço e o jantar sempre estavam prontos na hora certa. A cama ser arrumava automaticamente e o mais impressionante eram as roupas sempre limpinhas, cheirosas e brotavam no armário. O sonho de virar gente grande surgiu pra mim aos 17 anos. Eu saí de casa! Cheguei e disse: Vou me embora pra Porto Alegre. Embora esperasse uma grande resistência de meus pais, não houve. Houve força! Cresci, fui obrigado a isso. O colégio se tornou faculdade que por sua vez se tornou trabalho. A espera pela noite de natal se transformou em espera pelo dia 5, pelo décimo terceiro e especialmente pelas férias. Acho que o ser humano jamais está satisfeito mesmo. Acho que a felicidade está perdida em algum lugar que a gente passou e não percebeu e que a gente passa a vida tentando encontrar novamente. É algo meio Peter Pan correndo atrás de sua sombra. Mas é essa a graça da vida. Por último, acho que a gente ama tanto os nossos pais e vai percebendo que esse amor só aumenta com o tempo, porque a vida é uma eterna busca por aquilo que passou, e todos querem voltar a ser crianças e para nossos pais seremos sempre um bebê... só um bebê.
3 comentários:
Perfeito. Parabéns!
É! Até hoje não entendo porque eu queria tanto crescer se, agora, quero tanto voltar a ser criança. É chato crescer.
Exatamente, para nós vcs. serão sempre bebês com os quais estamos sempre preocupados, continuamos sem dormir pensando se estão bem ou não e outras cositas mais....Pai e mãe querem os filhos sempre com eles, vcs só vão entender qdo estiverem no nosso lugar.Te amo demais.... bjs.....mami
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