Passada uma semana, resolvi falar sobre a morte de um amigo. Fui amigo dele por pouco tempo, infelizmente. Mas posso dizer que fui amigo dele e que consegui fazer uma homenagem a ele...
Era o mês de março do ano passado, bem próximo ao meu aniversário. Eu escrevia o meu livro sobre a história da Rádio Farroupilha. Percebi imediatamente que precisava escrever sobre o Clube do Guri. Pesquisei e com facilidade o telefone de Ary Zebnini Rego, apresentador do programa. Cheio de receio, telefone para o Seu Ary e fui tratado com uma cordialidade comovente. Da mesma forma ele pediu para que eu escolhesse o melhor dia para visitá-lo. Fui no dia seguinte e fui recebido com muito carinho e muita cordialidade. Conversamos sobre Rio Grande, conversamos sobre o rádio e também sobre Elis Regina. Ali, diante de mim, estava o homem que viu Elis cantar perto de sua casa e resolveu levá-la para o Rádio. Em seguida, ele me chamou de amigo. Foi a primeira vez que me emocionei naquela tarde. A maior emoção, no entanto, foi quando ele me pediu para segurar o gravador para lembrar os tempos em que soltava a sua voz no microfone. Ary foi as lágrimas falando da morte de Elis. Encerrada a entrevista, Ary me convidou para visitá-lo mais vezes para conversar sobre o rádio. Eu nunca fui.
No lançamento do meu livro, em maio de 2006, Ary estava presente. Como meu amigo, ele estava lá. Por vários momentos, eu transferi todas as homenagens que recebi para o meu amigo Ary. Ele emocionou-se novamente, sobretudo quando eu pedi que ele autografasse o meu livro. O livro que eu escrevi, e que guardo como sendo o meu, é autografado pelo meu amigo Ary Rego.
2 comentários:
bruxo, a tua sensibilidade faz a diferenca.
Este é o Tiago que eu conheço, sem que ele saiba. Por baixo da carapaça de durão(nada a ver com tartarugas), tem um cara sensível e emotivo. Não esconde tuas emoções. O ser humano é muito mais humano quando se mostra humano!!!
abraços do amigo.
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