Sim, esta é da série... faça o que eu digo, nunca o que eu faço, pois dizer o que eu faço, é feio.
A ética sob a qual fomos educados diz que certas coisas são feias... Discriminar, rotular... e outros ARs, e defendemos isso com nossa vida até que... pimba... temos a oportunidade de provar com atos que realmente acreditamos no que dizemos... e não fazemos.
Vamos fazer um exercício...
Imaginem duas situações:
A primeira é mais comum... Defendo que não exista discriminação de raça ou sexual... dai, meu filho me apresenta seu amigo negro e gay... Imediatamente se instala a crise: O que é isso? Precisamos falar sobre ele...
No dia anterior, o menino tinha ouvido do próprio pai que na casa dele não se admitia preconceito de espécie alguma... e o guri, orgulhoso, convidou o menino excluído da turma pra visitar sua casa livre de julgamentos...
A segunda é ainda mais cabulosa... Imagine um executivo palestrando e dizendo: Quero pessoas que pensem na minha empresa!!! Dia seguinte, a secretária que ousou questionar a decisão de outro antigo executivo, é demitida por argumentar...
Isso acontece também, e muito na sala de aula... O espírito crítico, que deveria ser o fundamento da educação, é relegado a um julgamento de que o aluno que desenvolve isso, é um problema! Mas é bom!!! Acredite... o ensino hoje é o espelho da sociedade, ou seja, você é discriminado e rotulado na escola da mesma forma que será no mercado, portanto, trate de engolir tudo o que te oferecem.
Não consigo vislumbrar nada diferente do que está posto, então, o que eu sugiro é que as pessoas passem a ser sinceras em seus discursos...
O Pai diga durante o jantar: Eu não tenho problema algum com Pobres, com gays, com pessoas de religiões diferentes, desde que seja do meu portão pra fora.
O executivo deve dizer: Pensem como eu, se alinhem ao meu discurso e vocês sempre terão voz dentro da empresa... Na hora de contratar, diga ao RH: Busque um bando de mulas, pois pra pensar já tem eu!
E o professor?... Bem o dia que os professores admitirem que preparam mulas para o mercado, então tá na hora de fechar escolas, faculdades e voltarmos para as cavernas.
Um comentário:
As coisas não são assim preto no branco, mas tem muitas matizes. O fato de se pregar o fim dos preconceitos, é porque ainda estamos presoa a eles, senão, nem lembrariamos o que é e não faríamos discurso algum a respeito. Mas significa que se está na luta para vencermos nossas limitações, nossos condicionamentos.
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