sexta-feira, 22 de junho de 2012

É como olhar para os lados e perceber que não há ninguém.
Olha-se para trás e vê que nada está por perto.
Olha-se para frente e não vê nada.
Percebe-se que está totalmente solitário.
Fecha-se olhos e abre os braços.
Inutilmente pois não toca em nada.
Sente que seus pés não tocam mais o chão.
Lança-se ao vazio pois não tem mais onde pisar.
É a queda, inevitável e inconsciente.
De repente não sente medo.
Sente que está voando.
Sente alegria e seu rosto é tocado por uma Brisa leve.
É a simples sensação de liberdade.
A sensação de estar solto.
De sacudir as pernas sem acerta nada e nem ninguém.
Não preocupar-se onde vai cair.
A solidão pode ser enfim, a liberdade.
Romper o infinito e o vazio.
Sentir os cabelos moverem-se.
E acordar-se de repente com o sorriso nos lábios.

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