segunda-feira, 21 de julho de 2008

Torres de Babel - Carlinha


Ahá! Vocês não se livraram de mim!!! Cá estou para mais uma aventura pelas linhas das Torres de Babel... E hoje com umas linhas a mais, umas gordurinhas textuais, já que não dei as caras na semana passada. Bom, nada que vá causar algum ataque cardíaco, pelo contrário, a vida da gente já é tão agitada, que mais vale falar de amenidades, sem que isso signifique necessariamente falar de coisas chatas. Com esse lero-lero, quero dizer a vocês que o negócio é ter paciência, e não só com os outros, como a gente logo pensa quando alguém fala sobre isso. Ter paciência pra saber o tempo de ir e de ficar, para entender se aquele antigo sonho está mesmo louco pra se soltar das amarras mentais e quer ser de verdade, ou se ele precisa de mais algum tempo para ser batizado de Realização; paciência suficiente para viver e conviver conosco e com as pessoas. Nesse ponto você já deve estar se perguntando: "Mas o que há de aventura nisso que essa criatura está dizendo? Disso eu já sei, com isso tudo eu já sei lidar, oras!" Poisé, posso estar sendo nada original com essa conversa que tem mais cara de papo-auto-ajuda, mas a real é que de tudo o que ouvimos, de tudo o que dizem que nos estão ensinando – isso desde o cruzamento das espécies aos valores humanos – tudo isso nós já sabemos mesmo, o que nos falta é organização dos dados. Mas com certeza, a pior parte da história não é ter que ouvir aquilo que julgamos já saber, mas colocar em prática do jeito ideal tudo o que acumulamos em nossas cabeças (ocas). E quem disse que praticar a tolerância que nos pedem é fácil? Quem disse que naquele momento em que você quer enforcar o primeiro que se atravessa na frente é simples abstrair a maldade e entender que, na maioria das vezes, ninguém tem nada a ver com os nossos problemas? É, ser paciente hoje em dia – sem beirar o que muitos consideram palermice ou ingenuidade no pior sentido da palavra – é complicado... É uma aventura segurar a adrenalina derramada na corrente sangüínea a cada vez em que somos contrariados. É bem comum nos acharmos a última bolachinha do pacote, a última Coca do deserto, aquela pessoa sem a qual o mundo nunca mais será o mesmo. Mas a realidade é que temos de nos recolher à nossa insignificância eentender que ser feliz implica abrir mão de certas coisas, mesmo que seja uma convicção ou verdade inquestionável. Paciência, gente, com o outro, com as coisas que nos cercam, mas principalmente com a gente. Um dia, a gente aprende a se aventurar direito e realmente aprender alguma coisa que preste.

Um comentário:

Julio Marin disse...

Verdade Carlinha... A paciência é algo sério... Às vezes não temos nem com os outros nem com a gente! Mas vamos lá... também... a gente adora viver nesse limiar de sensações e angústias... Adoramos viver assim... cheios de coisas pra fazer... e com a menos paciência do mundo.

Acho que somos da nova geração... hauahau

Beijinhos