Camaradas...
É doentio pensar na dor por antecipação. Hoje eu experimentei a dor e então consegui me livrar disso antes que ela realmente chegasse. E ela não chegou.
Na realidade é um tempo de avaliação... tempo de introspecção... de olhar pra dentro tentando corrigir erros que cometemos pra fora... Como é bom ter tempo de dar passos pra trás, de olhar sobre os ombros, ver que não estamos na frente de ninguém, a não ser de nós mesmos...
Costumo tentar ajudar a sarar as feridas de muita gente, para outras, parece que sou o próprio sal dentro da ferida. Pensar que se pode ser a dor de outra pessoa me assusta. Mas isso passa.
Hoje eu vejo que não posso fazer absolutamente nada por ninguém. Não tenho nada. Só poucas palavras. Algumas tristes, outras alegres. Costumam dizer que a gente é o que a gente come. Atualmente me alimento das palavras, então posso dizer que sou o que eu mesmo escrevo.
Escrevo isso porque estou me lembrando de dores do passado. O Quintana me ajuda no meu poema favorito... Ele escreveu em homenagem a uma amiga... e eu penso em escrever tanta coisa pra tanta gente... mas sinceramente não sinto que tenha algo a acrescentar... fiquem com o Mário...
“...seus poemas dentre as páginas de um livro, apareciam sempre de surpresa... e era como se a gente descobrisse uma folha seca, um bilhete de outrora, uma dor esquecida que tem agora o lento e evanescente odor do tempo...”
Um comentário:
Querido,
As palavras expressam o que somos, o que queremos ser, o que sentimos, o que nos vai pela alma...
Entretando, nem sempre conseguimos de fato transmitir o seu real significado. Ou o que está por detrás de suas letras, palavras, frases. A sua essência muitas vezes fica só entre nós mesmos.
Beijos.
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