segunda-feira, 12 de maio de 2008

Torres de Babel - Pela Carlinha!


Um novo(?) movimento
Eu adoro inventar coisas, e até gostaria de trazer uma de minhas novas idéias pra cá hoje. Mas, como é segunda-feira, e a cabeça está recém começando a funcionar, vou apenas esbudegar (leia isso como “escancarar”) um movimento que geralmente ninguém sabe muito como abordar, seja porque todo mundo nega sua existência devido a não agüentar mais as manifestações desse tipo de pessoa ou porque simplesmente é esse tipo de pessoa.
Falo aqui do MSN (e não é uma crítica a nossa boa e velha ferramenta de comunicação, de modo algum), o Movimento dos Sem-Noção. Afinal, vai dizer que você nunca viajou (estando sentado perto do corredor do ônibus) ao lado de uma verdadeira mala (que não era sua), e que, além de tudo, sabia falar (o tempo todo) e em vez de rodinhas tinha imensas pernas que o faziam lembrar de quanto é vasto esse mundo e de como você é pequeno (principalmente se você for mulher)? Sim, ali, esmagado(a), sem ter o que fazer, e ainda tendo de dar licença toda hora para o dito embrulho ir ao banheiro desaguar os milhares de goles de chimarrão que, inclusive, insiste para que você tome também... Essa é uma situação que desnorteia qualquer vivente, por mais vocação para santo que a criatura tenha. E olha que essa experiência não é somente um “privilégio” de quem toma ônibus para viajar (e notem a freqüência com que eu falo em ônibus, pois é a segunda crônica em que ele aparece. Ora bolas, como não falar, se é esse um dos principais meios de transporte para os desprovidos de pneus próprios, como eu – ignorem o trocadilho, não era a intenção).
Trocadilhos, aforismos e parêntesis à parte, os Sem-Noção – ao contrário dos Sem-Terra – estão espalhados pelos lugares mais descolados, inevitáveis ou até mesmo inóspitos e insalubres (como o pólo norte, as filas de bancos, a Rua 25 de Março e os restaurantes-de-beira-de-estrada nordestinos). Afinal, todos nós já tivemos (ou temos) um colega, um vizinho (de casa ou de poltrona) ou mesmo um parente (essa é a pior!) filiado ao Movimento dos Sem-Noção. Aí, pensando em uma solução pra essa nossa mais que indesejada situação, tentei achar uma saída. A mais óbvia me parece ser a de nos tornarmos mais sem-noção ainda com esse tipo de gente. Claro, você pode ainda seguir sendo sóbrio e ignorá-los, mas pense só: se todos tomarmos sempre essa mesma atitude, esse pessoal nunca vai provar do próprio veneno. Não! Eles não podem passar impunes pela vida... Conto com vocês!!

Um comentário:

Tiago Paixão disse...

Tenho mais algumas...
Tá a do ônibus é clássica, mas tem outras. Camarada fumando do teu lado quando tu não fuma. Outra... tu tá comendo e dai vem o colega e diz... me dá um pedacinho.... SEM VOCÊ OFERECER... ainda tem uma ruim... vem o camarada com aquele bafo de onça... e pede pra compartilhar o chimarrão... é dose!